33 Estratégias De Guerra. - Resenha crítica - Robert Greene
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33 Estratégias De Guerra. - resenha crítica

33 Estratégias De Guerra. Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Gestão & Liderança

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 33 War Strategies

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 8532528724, 978-8532528728

Editora: Rocco

Resenha crítica

#1: Declare Guerra contra seus inimigos: a estratégia da polaridade

Antes de entrar em qualquer batalha, é preciso parar para pensar e avaliar cada cenário. O primeiro passo é saber contra quem será a luta. Porisso, antes de mais nada, você precisa conhecer e identificar seus oponentes.

  • O inimigo interno. Contratado para lutar contra os persas em 401 a.C, Xenophon precisou transformar um grupo de gregos mercenários em um grupo unificado. Eles precisaram identificar o oponente, determinar as razões para a luta e vencer suas próprias dificuldades.
  • O inimigo externo. Margaret Thatcher definiu sua luta e seu oponente. Ela lutou de maneira implacável pelo que acreditava ser certo, sem hesitar frente às oposições que a impediade completar seus objetivos.

#2: Não lute a última Guerra: a estratégia da Guerra na mente

Como é comum se tratando de diversos tipos de conhecimento, as táticas também envelhecem. Mesmo as estratégias mais bem estruturadas podem ficar obsoletas. Mantenha suas táticas modernas e sempre desenvolva novas estratégias.

Exemplos históricos:

  • A última Guerra. Em 1806, o príncipe Friedrich Ludwig de Hohenlohe-Ingelfingen lutou contra Napoleão, mas suas estratégias eram as mesmas de Frederick o Grande e estavam velhas. As estratégias inovadoras de Napoleão o superaram.
  • Mudando padrões de guerra. Em 1605, Miyamoto Musashi, um samurai, tinha uma infinidade de duelos definitivos. Ele desenvolveu um padrão para sua luta, mas mudava regularmente suas táticas para confundir seus oponentes. Sem nunca cair em um lugar comum, sua adaptação contínua impediu que seus oponentes ficassem confortáveis.

#3: Em meio à confusão, não perca sua presença de mente: a estratégia do contrapeso

Você precisa continuar focado, definir seus objetivos e ter confiança para alcançá-los. Dessa forma, se esforce para alcançar esses objetivos de maneira implacável.

Exemplos históricos:

  • A tática agressiva. Lord Nelson em 1801 lutou em Copenhagen, desobedecendo as ordens do seu superior Sir Hyde Parker. Sua confiança e liderança o ajudaram a derrotar a marinha dinamarquesa.
  • A tática de Hitchcock. O diretor Alfred Hitchcock sempre planejou seus filmes muito bem. Ele sabia exatamente como deveriam ser. Sua abordagem metódica, embora confusa para as outras pessoas, o ajudou a ser mais calmo no set de filmagens.

#4: Crie um senso de urgência e desespero: a estratégia “death-ground”

Quando não existem outras opções, as pessoas lutam com mais garra. Se a escolha está entre a vida e a morte, elas não têm nada a perder.

Exemplos históricos:

  • A tática “sem retorno”. Em 1504, Hernán Cortés usou essa tática ao impedir que seus 500 homens voltassem a Cuba. Eles precisavam lutar contra os Astecas, mesmo com um contingente muito menor de homens.
  • Morte a seus pés. A quase execução de Fiódor Dostoiévski o ajudou a fazer cada trabalho como se fosse o último. A experiência intimista com sua mortalidade o permitiu vencer as dificuldades da vida.

#5: Evite a ideia do pensamento em grupo: a estratégia do comando e controle

Assuma o comando e o controle. Não seja muito autoritário e nem muito fraco.

Exemplos históricos:

  • A cadeia quebrada. No começo da Primeira Guerra Mundial, os britânicos atacaram Constantinopla para alcançar o Mar Negro, a fim de ajudar a Rússia e facilitar o ataque aos alemães no Leste. Mas o general Ian Hamilton deixou que seus subordinados tomassem decisões importantes de comando. Isso resultou em uma falta de entendimento dos objetivos táticos, fazendo com que perdessem a batalha.
  • Controle remoto. Durante sua carreira, o general George Marshall definiu um conjunto de protegidos, ensinando cuidadosamente a eles sua filosofia de comando. Isso deu a ele a habilidade de saber e de confiar nas ações dos seus subordinados. Eventualmente, permitiu que ele levantasse generais como Dwight Eisenhouwer, sabendo que esses generais agiriam de acordo com seu estilo e crenças.

#6: Segmente suas forças: a estratégia do caos controlado

Unidades menores são mais ágeis, móveis e têm mais habilidade.

Exemplos históricos:

  • Desordem calculada. Em 1805, Napoleão estava sendo atacado pelas tropas austríacas sob comando de Karl Mack. Napoleão dividiu suas tropas e forneceu a elas instruções específicas. Assim, cercou as tropas austríacas que se renderam na Batalha de Ulm, com pouca luta.

#7: Transforme sua Guerra em uma cruzada: estratégias morais

Crie uma atmosfera de luta por alguma causa ou necessidade nobre. Respeite suas tropas.

  • A arte da gestão humana. Seja um líder que 1) lute por uma causa; 2) sustente seu time; 3) lidere pelo exemplo; 4) se foque na estratégia do time e evite a ociosidade; 5) alimente as emoções para alimentar a causa; 6) recompense e puna com moderação, mas deixe que o time saiba das possibilidades; 7) construa uma história para o time e crie conexões; e 8) remova o desafeto.

Exemplos históricos:

  • 1931: Lyndon Johnson manteve seus times trabalhando duro, elogiando e incentivando a competição para que recebessem mais elogios.
  • 1950: O time de futebol Americano Green Bay Packers contratou Vince Lombardi, que tratava todos os jogadores igualmente. Ele usava o medo da repreensão pública para manter os membros da equipe na linha.

#8: Escolha suas batalhas: a estratégia da economia perfeita

Lute de maneira econômica, conservando todos os seus ativos. Conheça suas forças e as utilize. A Guerra consiste em enfraquecer o outro lado – militarmente, financeiramente e moralmente.

Exemplos históricos:

  • Efeito espiral. Em 280 a.C, Pyrrhus de Epirus agiu como um mercenário com a cidade de Tarentum prestes a entrar em guerra com Roma. Ele foi levado a uma série de batalhas por conta do seu ego, e guiado por sua inteligência inadequada. Ele ganhou as batalhas, mas seu exército foi dizimado. A Guerra final, a Pyrrhic War, o arruinou para sempre e foi o começo do termo “vitória pírrica”.
  • Pontos fortes e fracos. A Rainha Elizabeth I subiu ao trono da Inglaterra em 1558, na época em que o país era uma potência militar secundária. Contrariando seus conselheiros, ela esperou e não se casou com Philip II da Espanha. Ao invés disso, ela procurou por maneiras mais sutis de prejudicá-lo. Ela se alistou na marinha real, executando ataques piratas nos navios dele que retornavam do Novo Mundo. Além disso usou outras técnicas menos convencionais para destruir a Armada Espanhola. A rainha Elizabeth I escolheu cuidadosamente suas batalhas para conservar seus recursos e mostrar sua força superior.

#9: Mudando a situação: a estratégia do contra-ataque

Se mexer primeiro mostra a seu oponente sua estratégia. Portanto, espere. Faça com que ele se mexa primeiro. Analise a estratégia dele e contra-ataque se baseando nas fraquezas que foram reveladas.

Exemplos históricos:

  • Agressão disfarçada. Antes da Batalha de Austerlitz em 1805, Napoleão fingiu estar com medo. O Czar Alexander I da Rússia, ansioso pela vingança, decidiu liderar os aliados na batalha. Napoleão atraiu as forças inimigas para expor suas fraquezas e então os derrotou.
  • Jiu-jitsu. Em 1944, na corrida presidencial democrata, o Partido Republicano na tentativa de eleger Thomas Dewey, fez contínuas declarações falsas sobre Franklin Roosevelt. Ele esperou e não respondeu, até que fez comentários sobre seu cachorro. Roosevelt fez um discurso satírico defendendo seu cachorro, humilhando Dewey.

#10: Crie uma presença ameaçadora: estratégias de dissuasão

Faça as pessoas pensarem que irão perder e blefe se necessário. As pessoas gostam de uma vitória fácil e não vão atacar se acharem que perderão.

  • Intimidação reversa. 1) Faça manobras ousadas e blefe; 2) seja uma ameaça, faça movimentos repentinos, indique agressão; 3) mova de maneira irracional, seja imprevisível, aja com loucura; 4) alimente a paranoia do seu oponente, indicando capacidades assustadoras; 5) mantenha uma reputação ruim, não negocie e seja mau.

Exemplos históricos:

  • Em 1874, Louis XI da França usou o Duque de Milão embaixador da França, Christopher Bollate, para levar rumores inventados sobre as suspeitas francesas a respeito das intenções do Duke, ameaçando um ataque. Isso ajudou a manter uma aliança pacífica.
  • John Boyd foi nomeado para trabalhar no pentágono para projetar um novo ataque, mas encontrou dificuldades nas políticas. Ele usou uma estratégia se fingindo de burro, enquanto pesquisa os problemas propostos pelos outros e desenvolvia táticas para acabar com as iniciativas.

#11: Troca de espaço por tempo: a estratégia da falta de engajamento

Bater em retirada vai te ajudar a ganhar a vantagem de diminuir as forças do seu oponente, permitindo que suas forças se concentrem. Ficar sem lutar, quando eles sabem que você pode, vai provocar seu oponente e aumentar as chances de que eles tenham alguma atitude irracional.

Exemplos históricos:

  • Bater em retirada para avançar. O partido nacionalista de Chiang Kai-shek forçou a retirada do partido comunista de Mao Tsetung nas fases iniciais da Guerra Civil Chinesa. Essa atitude fortaleceu o apoio aos Comunistas, unindo os camponeses. Em 1949, os comunistas derrotaram os nacionalistas.

#12: Perca as batalhas mas vença a Guerra: a grande estratégia

Tenha um plano maior.

Exemplos históricos:

  • Grande campanha. Alexandre o Grande desenvolveu uma nova estratégia olhando adiante, se diferenciando dos outros líderes. Primeiro ele ganhou o território que precisava, mas não aumentou suas posses a ponto de não conseguir governá-las. Ele não lutou batalhas que não podia vencer, por exemplo, elaborando planos para capturar os principais portos do Mediterrâneo; efetivamente anulando a marinha persa.
  • Guerra total. Em 1968, durante a Guerra do Vietnam, Von Nguyen Giap executou uma ofensiva em todo o país durante um feriado. Embora tenha precisado bater em retirada, a ofensiva confundiu os exércitos Americano e vietnamita do Sul, e enganou a mídia Americana.

#13: Conheça seu inimigo: a estratégia da inteligência

Conheça as jogadas do seu oponente e não deixe que as suas jogadas sejam conhecidas. Entenda como o oponente pensa.

Exemplos históricos:

  • O inimigo espelhado. Em 1838 a invasão britânica no Afeganistão liderada por Lord Auckland tinha como objetivo reintegrar o amigável Shuja Shah Durrani, destituindo o então líder Dost Mohammad Khan. Mas Auckland não entendia os afegãos e nem a cultura deles, cometendo inúmeros erros. O resultado foi sua morte e o retorno de Dost Mohammad ao poder.
  • Apoio próximo. Entre 1806 e 1813, o príncipe Metternich se encontrou com Napoleão, na esperança de entendê-lo e de encontrar pontos fracos que pudessem ser explorados. Eventualmente, ele ajudou na realização do casamento de Napoleão com Marie Louise. Metternich utilizou esse fato em vantagem da Áustria, permitindo que construíssem um exército e se juntassem a uma grande aliança na Europa, que acabou derrotando Napoleão em Waterloo.

#14: Resistência com velocidade: a estratégia Blitzkrieg

Um começo lento e metódico, com um ataque bem planejado e movimentos rápidos e certeiros.

Exemplos históricos:

  • Lento-lento-rápido-rápido. Em 1218, Genghis Khan atacou e derrotou o poderoso Muhammad II de Khwarezm, começando com uma série de ataques pequenos que mais pareciam derrotas. Ele então começou ataques mais sérios e rápidos para derrotar Muhammad II.

#15: Controle a dinâmica: estratégias de força

Esteja no controle. Seja assertivo. Controle a mente do seu oponente. Faça com que se movam em seu território.

Exemplos históricos:

  • Em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, Rommel usou unidades menores nos desertos do Norte da África para vencer os britânicos. Ele mantinha suas unidades se movendo, como navios no mar, reduzindo a habilidade de serem atacadas. Muitas vezes ele cavalgava com a linha de frente para diminuir a cadeia de informação.
  • Enquanto trabalhava no Paramount Pictures filmando noite após noite em 1932, Mae West tomou pequenas atitudes para mudar a dinâmica de poder no set. Eventualmente, ela assumiu grandes porções dos roteiros dos filmes.

#16: Atinja onde machuca: a estratégia do centro de gravidade

Ataque o ponto central. Capture e destrua seu oponente.

Exemplos históricos:

  • Pilares de colapso. Em 209 a.C., Publius Scipio atacou e capturou New Carthage, o principal ponto de abastecimento de Hannibal na capital da Espanha. Isso prejudicou as rotas de abastecimento de Hannibal. Scipio chegou então a Carthage em 204 a.C., retirando Hannibal da Itália.

#17: Os derrote com os detalhes: a estratégia de divisão e conquista

Observe as partes e determine como controlar as partes individuais, criar conflitos e se aproveitar deles.

Exemplos históricos:

  • Posição central. Em 490 a.C., os persas planejaram um ataque à Atenas antiga. Eles chegaram a 24 milhas ao norte de Atenas. Os gregos viajaram para o norte bloqueando a passagem entre as áreas. Os persas dividiram suas tropas de noite e atacaram Atenas pelo mar. Os gregos atacaram as tropas na Batalha de Maratona e correram para Atenas para evitar que os persas desembarcassem (e foi aí que surgiu o famoso nome e o evento).

#18: Exponha e ataque o lado fraco do seu inimigo: a estratégia de conversão

Atraia seu oponente para um ataque frontal, faça com que ele fique vulnerável e ataque seus pontos fracos.

Exemplos históricos:

  • Ponto de virada. Em 1795, a tentativa de Baron Joseph Alvinczy de retirar os franceses de Verona foi impedida por Napoleão na Batalha de Arcola, expondo seus pontos fracos e permitindo que Napoleão o derrotasse.

#19: Envolva seu inimigo: a estratégia de aniquilação

Mantenha uma pressão constante em seu oponente para derrotar a força dele.

Exemplos históricos:

  • Chifres da besta. Em 1778, os britânicos queriam absorver os territórios Zulus. Na batalha de Isandlwana, os Zulus usaram seus conhecimentos sobre o território, surpreenderam e derrotaram os britânicos.

#20: Os direcione para suas fraquezas: a estratégia da foice

Faça jogadas calculadas. Isso vai te permitir controlar a situação, confundir e cansar seu oponente.

Exemplos históricos:

  • Em 1800, Napoleão precisou derrotar o exército austríaco na Itália. Ele fez seus planos e quase tudo deu errado. Mas Napoleão fez também planos alternativos e continuou trocando para as novas situações, e então derrotou os austríacos em Marengo.
  • Em 1936, na campanha presidencial, o Partido Republicano nomeou Alf Landon para concorrer com Franklin D. Roosevelt. Landon tentou derrotar Roosevelt apoiando o New Deal, mas criticando seu criador. Roosevelt esperou até que Landon não tivesse mais tempo para nada e atacou.

#21: Negocie enquanto avança: a estratégia da Guerra diplomática

Quando for negociar, você não deve ceder à pressão para avançar.

Exemplos históricos:

  • Guerra por outros meios. Philip II da Macedônia subiu ao poder em 359 a.C. A cidade de Atenas não o apoiava. Nas negociações entre os atenienses e Philip II, ele continuou a fazer promessas de paz, mas continuou a aumentar seu império. Eventualmente ele formou a Liga de Corinto, para reunir cidades gregas e atacar os persas.
  • “Jade for Tile”. No início da Guerra da independência grega em 1821, o ministro Capo d’Istria acreditava que a Rússia deveria apoiar a Grécia. Isso daria à Rússia acesso a portos no mediterrâneo.

#22: Saiba como acabar: a estratégia de saída

Saiba quando você foi derrotado e diminua suas perdas. Saiba como ganhar com honra e traga um final positivo para a batalha, reduzindo seus oponentes no futuro.

Exemplos históricos:

  • Sem saída. A invasão da União Soviética ao Afeganistão e a guerra resultante causaram uma situação de derrota para a União Soviética, principalmente pela falta de entendimento do povo afegão. Despesas significantes fizeram com que Gorbachev retirasse as tropas soviéticas.
  • Terminando como começou. Lyndon Johnson lutou uma eleição complicada para o 10º assento do congresso do Texas em 1937. Logo depois da eleição, ele se aproximou de seus oponentes e agradeceu a luta, conseguindo de maneira bem-sucedida fazer uma aliança com eles.

#23: Uma mistura de fato e ficção: as estratégias de engano

O engano é uma arte antiga e inestimável quando você precise evitar que seja vigiado. A informação errada pode consumir seu oponente.

Exemplos históricos:

  • O espelho falso. Durante a preparação para a invasão da Normandia na Segunda Guerra Mundial, os aliados desenvolveram planos enganosos. Eles incluíam um exército falso na Inglaterra e um dublê do General Montgomery no teatro Mediterrâneo. Diversas informações erradas paralisaram as capacidades de decisão de Hitler, quando a invasão real começou.

#24: Utilize o caminho da expectativa baixa: a estratégia do comum-extraordinário

Faça o inesperado. Se você é sempre calmo, seja radical; se você é sempre radical, faça alguma coisa comum.

Exemplos históricos:

  • Em 219 a.C, Roma decidiu lutar contra Hannibal. Eles escolheram enfrentá-lo no rio Trébia. Hannibal exibiu um comportamento instável e levou o exército romano a atravessar o rio, e então os surpreendeu utilizando elefantes. Os romanos fizeram diversas tentativas, mas Hannibal agia de maneira oposta ao esperado, dando a ele grande vantagem.
  • Cassius Clay desafiou o campeão de peso-pesado Sonny Liston no boxe em 1962. O comportamento pouco ortodoxo de Clay e suas técnicas de luta o deram grande vantagem na luta, já que seu oponente não sabia o que esperar.

#25: Ocupe o ponto alto da moral: a estratégia de justiça

Justifique sua causa de maneira correta e moral. Mostre o lado egoísta do seu oponente. Mostre que você é o oprimido.

Exemplos históricos:

  • A ofensiva moral. O Papa Leo X queria completar a construção da Basílica de São Pedro. Para levantar fundos para a igreja, ele começou a praticar a venda de indulgências. Um teólogo alemão e padre chamado Martin Luther desafiou as práticas em 95 teses, dizendo que só Deus podia perdoar os pecados das pessoas. Ele argumentava que se baseava somente na Bíblia, refutando o Papa. Esse esforço de Martin Luther foi o início das tradições protestantes e luteranas.

#26: Evite dar aos oponentes alvos: a estratégia do vazio

Remova qualquer alvo que você tenha para seus oponentes. Nenhum alvo vai frustrar seus oponentes, aumentando a chance de cometerem erros.

Exemplos históricos:

  • A isca do vazio. A invasão de Napoleão à Rússia em 1812, encontrou um exército russo recuado, com pouca resistência. A retirada das tropas deixou para trás cidades destruídas e nenhuma comida. As tropas francesas diminuíram de 450,000 para 100,000 homens, até chegarem em Moscou.

#27: Pareça trabalhar pelo interesse dos outros enquanto busca os seus interesses: a estratégia da aliança

Forme alianças temporárias para atender suas necessidades atuais. Faça o que for necessário para esconder a natureza temporária do seu negócio. Enfraqueça as alianças dos seus oponentes.

Exemplos históricos:

  • O aliado perfeito. Em 1467, Charles I expandiu seu império formando uma aliança com Edward IV da Inglaterra para atacar Louis XI da França. Mas o rei Louis XI descobriu sobre a invasão e formou uma aliança com Edward IV.
  • Falsas Alianças. Murray Bowen, um psiquiatra, usou seu conhecimento clínico para resolver uma situação familiar pessoal. Ele escreveu uma série de cartas para membros familiares, mostrando preocupação, mas expondo diversas situações de fofoca na família. Nesse processo, ele criou um grau de autonomia que o deu o poder de controlar a situação e ajudar seus irmãos a criarem relacionamentos familiares saudáveis.

#28: Dê a seus rivais “corda suficiente para se enforcarem”: a estratégia da superioridade

Dê a seus oponentes o espaço para cometerem erros, dê a eles tarefas que não podem completar e prejudique a reputação deles. Esconda seu envolvimento e mantenha sua inocência.

Exemplos históricos:

  • Tsukahara Bokuden, um famoso samurai, foi desafiado por um jovem samurai ambidestro. Bokuden aceitou o desafio, mas focou a atenção do jovem samurai no uso “injusto” de seu braço esquerdo. Na luta, Bokuden atacou sua direita. Mais tarde, em 1605, o espadachim Genzaemon foi desafiado por Miyamoto Musashi. Musashi chegou atrasado e isso deixou Genzaemon furioso, fazendo com que fizesse movimentos errados.
  • Bob Dole, do Kansas, desafiou George H. W. Bush pela nomeação Republicana em 1988. Lee Atwater, o estrategista de Bush, conhecendo o temperamento de Dole, espalhou rumores sobre sua esposa Elizabeth Dole. A raiva de Dole chegou à mídia, o prejudicando grandemente.

#29: Pegue porções pequenas: a estratégia do fato consumado

Avance de pouco em pouco, muitas vezes não sendo percebido por seus rivais. Quando notarem seu crescimento, pode ser tarde demais.

Exemplos históricos:

  • Conquista fragmentada. Sobre a queda da França para os Alemães na Segunda Guerra Mundial, Charles de Gaulle recebeu permissão de Winston Churchill para transmitir para as forças armadas francesas pela BBC. A transmissão foi realizada com grande apoio do público. Ele continuou a expandir seu pequeno apoio, liderando forças na África Central, construindo a Resistência Francesa de Jean Moulin.

#30: Invada a mente deles: as estratégias de comunicação

Lute com palavras que irão ocupar seu oponente, faça com que ele pense e tente interpretar o que você quer dizer. Use ações que não sejam palavras, quando necessário para causar uma impressão.

Exemplos históricos:

  • Comunicação visceral. Ao filmar “The 39 steps” em 1935, Alfred Hitchcock algemou os atores Madeleine Carroll e Robert Donat, e fingiu ter perdido a chave, deixando-os algemados por horas. A jogada era fazer com que eles entendessem o roteiro melhor. Hitchcock promoveu sua comunicação indireta com atitudes contrárias à situação – trabalhando na mente dos atores.
  • O gênio. Nicolau Machiavel trabalhou na segunda chancelaria de Florença. Como Florença entrou e saiu do controle de Medici entre 1494 e 1512, Machiavel foi retirado do seu trabalho. Para continuar em contato com o governo de Florença, ele escreveu a obra “O príncipe”, e envolveu seu amigo Francesco Vettori para mostrá-la a Medici. Ele escreveu mais tarde “Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio”. Essas obras não publicadas atrapalharam Machiavel a retornar a seu cargo. Depois de sua morte, os manuscritos foram publicados em inúmeras línguas. Eventualmente seu trabalho permitiu que muitas culturas tivessem um enorme poder de comunicação.

#31: Comece destruindo por dentro: a estratégia da fronteira interna

Se infiltre no campo do seu oponente. Uma vez lá, você não precisa atacar ou mostrar suas intenções. Assuma o controle devagar.

Exemplos históricos:

  • O inimigo invisível. Adolf Hitler nomeou Wilhelm Canaris para organizar o Abwehr (o grupo de inteligência da Alemanha) no final de 1933. Hitler confiava nele. Durante seu mandato, ele deu conselhos contrários à invasão do Reino Unido, contrários à aliança com Francisco Franco da Espanha para usar a ilha de Gibraltar, e garantiu a Hitler que Pietro Badoglio da Itália não se renderia em 1943. Depois, descobriu-se que ele estava trabalhando para subverter Hitler.
  • Dominação amigável. Em 1929, André Breton, criador do Manifesto Surrealista, queria que o movimento tivesse mais vida. Ele acreditava que Salvador Dalí podia ajudar nisso. Mas a afinidade de Dali com Hitler e Lenin atrapalhou. Dalí viajou para Nova York, onde teve uma carreira bem-sucedida e se tornou um sinônimo do surrealismo.

#32: Domine enquanto parece se submeter: a estratégia passivo-agressiva

Lute com seu oponente sem agressividade. Os atos agressivos dele irão te beneficiar e te dar o apoio dos outros.

Exemplos históricos:

  • A arma de culpa. Para protestar contra o imposto do sal estabelecido pelo Raj Britânico, Mahatma Gandhi realizou uma marcha de 200 milhas até o oceano. O governador geral da Índia, Lord Edward Irwin, ficou aliviado com a atitude que parecia insignificante. Lord Edward Irwin não fez nada para parar a marcha, mas ela atraiu milhares de pessoas. Irwin tinha opções limitadas, já que não agiu antes para parar a marcha. Gandhi escolheu seu protesto com muita sabedoria.
  • Poder Passivo. O Czar Alexander I queria reformar as monarquias da Europa. Ele usou as revoltas na Espanha e em Nápoles de 1820 para solicitar um encontro com os monarcas e conversar sobre os problemas. O príncipe austríaco Metternich usou esse encontro para mover o Czar para uma posição de apoio à “regra da velha guarda” sobre qualquer forma de liberalização.

#33: Espalhe incerteza e pânico através de atos de terror: a estratégia da reação em cadeia

O objetivo é o caos e a criação da falta de confiança. O que já foi seguro, agora é incerto.

Exemplos históricos:

  • A anatomia do pânico. Em 1092, a morte de Nizam al-Mulk foi vista primeiro como uma represália pela tentativa de suprimir o crescimento da seita Nizari Ismaili. Os Nizari, um grupo secreto, havia desenvolvido um novo método de revolta, em que os assassinos surgiam de uma multidão calma e matavam seus alvos com uma adaga.

Notas Finais

O autor extraiu essas 33 estratégias de guerra de situações reais e históricas da humanidade. Podemos aprender muito com essas histórias e podemos utilizar essas estratégias em situações reais do dia-a-dia. Busque conhecer seus recursos e seus inimigos, dessa maneira você pode identificar qual estratégia se encaixa melhor na ocasião. Aprender com os erros do passado e se adaptar às circunstâncias vai te ajudar alcançar o sucesso esperado e a vencer suas batalhas.

Dica do 12’

Não dá para falar de estratégias de guerra sem citar um dos maiores clássicos sobre o assunto. Aproveite para conferir o clássico A Arte Da Guerra aqui no 12.

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Quem escreveu o livro?

Robert Greene é um escritor estadunidense, mais conhecido pelos livros de estratégia, sedução e poder. Trabalhou em colaboração com o rapper 50 Cent para o lançamento do livro A 50ª Lei. Greene cresceu em Los Angeles e frequentou a Universidade da Califórnia, Berkeley, antes de pegar seu diploma na Universidade de Wisconsin-Madison com um B.A. em estudos clássicos. Antes de se tornar autor, Greene estima que trabalhou em 80 empregos, inclusive como trabalhador da... (Leia mais)

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